Crime

Policial que matou cinegrafista tem prisão preventiva decretada

Ele chegou a ser preso em flagrante no sábado (1º)

O policial estava em um bar com as vítimas quando tudo aconteceu
O policial estava em um bar com as vítimas quando tudo aconteceu |  Foto: Reprodução
 

Foi decretada a prisão preventiva do policial penal Marcelo de Lima neste domingo (2). Ele é acusado de atirar contra o cinegrafista Thiago Leonel Fernandes da Motta e contra Bruno Tonini de Moura. O crime ocorreu no sábado (1º) durante uma confusão em um bar próximo ao Maracanã após o jogo do Flamengo contra o Fluminense. Thiago morreu no momento do ocorrido. Bruno segue internado em um hospital particular na Tijuca. 

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Segundo o juiz Bruno Rodrigues Pinto, da Central de Audiências de Custódia, o ocorrido não é o tipo de comportamento esperado de um policial penal. "É de se ressaltar que esse não é o tipo de comportamento esperado por aqueles que agem de acordo com a lei, ainda mais no caso em tela, em que o custodiado é um agente de segurança pública, conhecedor das normas, sobretudo as penais”, afirma o juiz no documento sobre sua decisão. 

Marcelo está no presídio Frederico Marques. Mesmo tendo tentado fugir, como afirmam testemunhas, ele foi detido no momento do ocorrido por policiais. Ele foi levado para a 19ª DP (Tijuca) e, logo depois, para a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), na Barra. Agora que a sua prisão preventiva foi decretada pelo juiz, ele seguirá, nesta segunda-feira (3), para a Cadeia Pública Constantino Cokotós, em Niterói. 

Marcelo atuava como policial penal há 22 anos. Ele estava, atualmente, no Grupamento de Intervenção Tática (GIT). 

“Pelo menos cinco disparos de arma de fogo, ocasionando a morte de uma pessoa e graves lesões em outra, expondo a perigo diversos outros moradores e torcedores que haviam saído, momentos antes, do estádio do Maracanã. Tais circunstâncias revelam a personalidade extremamente violenta e desajustada do custodiado, demonstrando ser um risco à paz social”, afirmou o juiz do caso. 

O crime

Um homem morreu e outro ficou ferido na Rua Isidro de Figueiredo, na saída do Maracanã, na Zona Norte do Rio, nesta noite de sábado (1). O caso ocorreu após o clássico entre o Flamengo e o Fluminense, pelo Campeonato Carioca. A briga teria acontecido no local da saída da torcida do Fluminense e o homem baleou as vítimas. 

Os bombeiros foram acionados para o local por volta das 23h16, quando foram informados que havia um homem baleado. No endereço, eles constataram que Thiago Motta, de 40 anos, havia morrido. Bruno Tonini Moura foi baleado e socorrido para um hospital particular na região. 

De acordo com os relatos, o motivo da briga que levou à morte de Thiago teria sido uma pizza brotinho, das duas últimas disponíveis no estabelecimento. Testemunhas relataram que Thiago teria pedido duas pizzas brotinho que estavam em uma estufa, as últimas disponíveis no local, e que Marcelo tentou pegar uma delas das mãos do cinegrafista. 

Houve uma discussão e Marcelo teria sido retirado do bar com agressões. Poucos minutos depois, o agente penitenciário retornou armado e atirou contra Thiago, que morreu na hora. A polícia investiga se a briga também teria sido motivada por discussões sobre o jogo. Pelo menos nove tiros foram ouvidos no momento da confusão.

Marcelo foi preso em flagrante pelo crime de homicídio qualificado por motivo fútil e por tentativa de homicídio. 

Thiago era cinegrafista, fotógrafo e diretor de fotografia. Ele foi um dos fundadores do grupo 'Samba Pra Roda'.

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